Em uma entrevista coletiva na capital chinesa, Alckmin, que também desempenha o cargo de ministro de Indústria, Desenvolvimento, Comércio e Serviços, enfatizou que a relação entre Brasil e China continua avançando e não há qualquer possibilidade de retrocesso, especialmente no campo da descarbonização.
Durante a entrevista, o vice-presidente destacou a relevância do Projeto Mover, um programa de mobilidade verde que foi recentemente aprovado pelo Senado e aguarda votação na Câmara dos Deputados. O investimento previsto para a cadeia automobilística com o Mover é de R$ 130 bilhões nos próximos anos, visando incentivar a inovação e tornar a indústria mais sustentável. Alckmin ressaltou que o Brasil possui diversas rotas tecnológicas, como veículos elétricos puros, plug-in, híbridos e flex, e que o país está na vanguarda em termos de inovação nesse setor.
Além disso, o vice-presidente mencionou a diversidade energética do Brasil, com a utilização de biocombustíveis como etanol e o desenvolvimento de tecnologias limpas, como o etanol de segunda geração e o hidrogênio verde. Alckmin também destacou a parceria estratégica entre Brasil e China, ressaltando o potencial do Brasil como um dos maiores exportadores do mundo e seu compromisso com a sustentabilidade ambiental e o desmatamento zero.
Em relação à cooperação com a China, Alckmin afirmou que o Brasil é um defensor do multilateralismo e que a parceria com a China tende a crescer, especialmente em áreas como segurança alimentar e eficiência energética. Ele também ressaltou a importância do desenvolvimento sustentável da região amazônica, com investimentos em biotecnologia e a geração de renda a partir dos recursos naturais da floresta.
Portanto, a visita de Alckmin à China evidencia a importância da parceria entre os dois países e as oportunidades de colaboração em áreas-chave para o desenvolvimento sustentável e econômico.