ECONOMIA – Ajuda ao setor de eventos acabará neste mês, empresas devem voltar a recolher tributos; Ministro da Fazenda nega prorrogação do programa.

Segundo informações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ajuda ao setor de eventos, conhecida como Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), terá seu fim neste mês, e as empresas beneficiadas terão que retomar o recolhimento de tributos a partir de abril. Apesar das pressões do Congresso para prorrogar o programa, o ministro negou qualquer possibilidade de extensão.

O Perse foi aprovado pelo Congresso no início do ano passado com um limite de desonerações de até R$ 15 bilhões. No entanto, durante uma audiência na Comissão Mista de Orçamento, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que os recursos estão se esgotando neste mês. Diante desse cenário, Haddad declarou que as empresas terão que começar a recolher os tributos federais desonerados pelo programa a partir de abril.

O ministro enfatizou que o governo se comprometeu a auditar os gastos tributários do Perse com base na Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária (Dirbi), criada no ano passado. Essa auditoria só será concluída no fim de maio, após as empresas fornecerem as informações necessárias.

Com a expectativa do fim do programa, a Frente de Comércio e Serviços (FCS) solicitou a manutenção do Perse com reduções de 80% até o final deste ano e 50% até o fim de 2026. No entanto, o ministro Haddad foi claro ao afirmar que não há planos de prorrogar o programa, e que o acordo inicialmente estabelecido não será renegociado.

Criado em maio de 2021 para auxiliar empresas atingidas pela pandemia de covid-19, o Perse beneficia setores como hotelaria, restaurantes, bares, aluguel de equipamentos recreativos, cinema, teatro e espetáculos de dança. Com o encerramento do programa, as empresas desses segmentos terão que se ajustar à nova realidade e retomar o pagamento integral dos tributos federais.

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