A Petrobras alcançou um novo recorde trimestral de produção na bacia do pré-sal, de abril a junho deste ano, chegando a 2,06 milhões de barris de óleo equivalente por dia, de acordo com o Relatório de Produção e Vendas divulgado pela companhia. Esse volume representa 78% da produção total da empresa e supera o recorde anterior de 2,05 milhões de barris de óleo equivalente por dia, registrado no primeiro trimestre de 2023.
No entanto, a produção média de óleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural apresentou uma leve redução de 1,5% em comparação com o trimestre anterior, atingindo 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia. A Petrobras informou que essa queda se deve, principalmente, a paradas e manutenções, ao declínio natural de campos maduros e a desinvestimentos.
No comunicado, a empresa destacou que esse efeito foi parcialmente compensado pelo início da produção das Unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO) Almirante Barroso, no campo de Búzios, e Anna Nery, no campo de Marlim, além do ramp-up da P-71, no campo de Itapu. A Petrobras também informou que a Unidade Flutuante Anita Garibaldi tem entrada em operação prevista para o terceiro trimestre deste ano.
Com relação à gasolina, o relatório aponta que sua produção cresceu 7,4% no segundo trimestre em relação ao período anterior, acompanhando o desempenho de mercado e o maior aproveitamento da capacidade operacional das refinarias. Além disso, as vendas de gasolina no segundo trimestre aumentaram 4,8%, sendo as maiores altas registradas nos últimos seis anos.
A produção de diesel também teve um crescimento de 9,7% no último trimestre, em relação ao período de janeiro a março. O diesel S10, que é menos poluente, teve recorde mensal de produção em junho. A Petrobras atribuiu esses resultados a melhorias operacionais, otimização de processos e controle da produção para atender à demanda crescente.
A diretoria da Petrobras ressaltou a importância dos resultados alcançados e destacou os planos futuros. O diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos, ressaltou que a implantação das unidades flutuantes proporciona a continuidade operacional dos campos de Marlim e Voador, além de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Já o diretor de Exploração e Produção, Joelson Mendes, destacou que o campo de Búzios é o maior em águas profundas no mundo e que mais unidades estão sendo implantadas para aumentar a produção nos próximos anos.