A capital federal, Brasília, foi a pioneira na adoção do 5G, sendo a primeira a implantar a nova tecnologia em 6 de julho de 2022. Atualmente, São Paulo se destaca como o estado com a maior concentração de antenas, com mais de 10,2 mil estruturas distribuídas por 622 municípios, o que corresponde a 25% do total de unidades no país. Em contrapartida, o Acre apresenta o desafio de ser a unidade federativa com menos cobertura, contando com apenas 169 antenas em cinco cidades.
Conforme as diretrizes estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em novembro de 2021, as operadoras de telecomunicações já superaram as metas iniciais para a instalação das antenas, tendo alcançado 73% do total projetado até 2030. Até o momento, foram instaladas 45.281 antenas, de um total de 62.275 previstas. A tecnologia 5G é reconhecida por suas altas velocidades, baixa latência e a capacidade de conectar uma ampla gama de dispositivos simultaneamente, o que abre novas possibilidades para setores como a indústria 4.0, telemedicina e agricultura de precisão.
Entretanto, a expansão da infraestrutura 5G enfrenta desafios significativos, especialmente relacionados à falta de regulamentação local adequada. Atualmente, 849 municípios funcionam sem uma legislação que discipline a instalação e o uso das antenas, resultando em uma cobertura deficiente e uma média elevada de população por estação. Nesses locais, a média de cidadãos atendidos por cada Estação Radiobase (ERB) é de 7.031, enquanto nas cidades onde existem leis mais atualizadas, essa média é de 3.189 habitantes por antena.
A Anatel alerta que a ausência de uma legislação local específica dificulta a instalação de novas antenas, impactando diretamente a qualidade do serviço e a abrangência do sinal. Com a necessidade de cinco vezes mais antenas para o 5G em comparação ao 4G, a regularização das leis em municípios é um ponto crucial para garantir que todos os brasileiros possam usufruir dos benefícios dessa avançada tecnologia de conectividade.