Eco Sapucaí: Um Nova Era de Inovação no Rio de Janeiro
No coração do Rio de Janeiro, ao lado do icônico Sambódromo, ergue-se o Eco Sapucaí, um dos últimos projetos do renomado arquiteto Oscar Niemeyer. Inaugurado em 2015, três anos após o falecimento de Niemeyer, o edifício teve um início um tanto tímido, com a primeira locação ocorrendo somente em 2021. Apesar disso, o espaço logo começou a se transformar em um centro pulsante para empresas do setor tecnológico, vislumbrando a consolidação do local como um polo de inovação na cidade.
Em uma movimentação significativa, a Firjan Senai está assumindo parte deste espaço para estabelecer o seu Centro de Referência em Tecnologia da Informação e Comunicações, conhecido como Digitech. Com inauguração marcada para a próxima sexta-feira, esse novo centro ocupará mais de 2.500 m² no Eco Sapucaí e contará com uma infraestrutura de ponta, abrangendo desde arenas de cibersegurança até laboratórios hiper-realistas para ciência de dados.
Com ambições grandiosas, a Firjan Senai projeta que a unidade se tornará o maior polo de formação tecnológica do estado, com potencial para capacitar mais de 9 mil profissionais anualmente em diversas certificações. O Digitech não está sozinho; ele se junta a outras iniciativas inovadoras na região, incluindo uma escola de programação chamada 42 Rio e a TechnipFMC, uma fornecedora de tecnologia para o setor energético.
Essa movimentação se alinha perfeitamente com o recente projeto anunciado pelo prefeito Eduardo Paes, que busca revitalizar a área em torno da Sapucaí, através do programa Praça Onze Maravilha. Com um investimento estimado em quase 2 bilhões de reais, a proposta prevê a construção de um boulevard, habitações e instalações educacionais, como a Biblioteca dos Saberes. O vice-prefeito Eduardo Cavaliere ressaltou que essa transformação poderá trazer 40 mil novas unidades residenciais e cavar espaço para 100 mil novos habitantes nos próximos 20 anos.
Além disso, o Digitech faz parte de um conjunto de iniciativas que visam transformar o Rio de Janeiro em um centro de inteligência artificial. Recentemente, o prefeito assinou um memorando para a criação do Rio AI City, um ambicioso projeto que envolve a instalação de data centers na capital. As escolhas estratégicas para o Digitech foram pautadas na identificação de que 77% das vagas de TI do estado estão concentradas na capital, reforçando a relevância de sua localização central com acesso a transporte público.
O centro de formação promete oferecer cerca de 20 cursos em áreas como Computação em Nuvem, Cibersegurança, Inteligência Artificial, e outras disciplinas de ponta. Com laboratórios equipados e um auditório com capacidade para 80 pessoas, o espaço terá, no início de 2026, uma previsão de atender até 800 alunos diariamente, com mais de 417 mil horas de treinamento por ano. A combinação da proposta educacional com as expectativas de revitalização da área abre um novo capítulo no pleno potencial de inovação do Rio de Janeiro.
