Este foi o primeiro pronunciamento de Duterte após sua prisão, marcada por um forte apoio popular que ainda perdura em diversas regiões, especialmente no sul do país. Vestindo uma camisa branca simples, ele se mostrou determinado a enfrentar sua situação legal, apesar das dificuldades que esta pode acarretar. Após pousar em Roterdã, na Holanda, o ex-presidente foi transferido para uma unidade de detenção, tornando-se o primeiro líder asiático a ser alvo de um mandado de prisão do TPI.
O tribunal identificou razões sólidas para acreditar que Duterte é coautor indireto de crimes contra a humanidade, incluindo assassinatos, supostamente cometidos entre 2011 e 2019. Uma audiência inicial está prevista para ser agendada, onde ele terá a oportunidade de se pronunciar formalmente perante a corte.
A situação está gerando intensos debates nas Filipinas, com seus seguidores se reunindo nas proximidades da instituição penitenciária em Haia. A filha de Duterte, Sara Duterte, também viajou para oferecer apoio ao pai. Por outro lado, os advogados do ex-presidente apresentaram uma petição, alegando que seu governo foi “sequestrado” e exigindo seu retorno ao país, uma vez que as Filipinas se retiraram do Estatuto de Roma em 2019. Entretanto, o TPI declarou que mantém jurisdição sobre os crimes ocorridos antes da desvinculação.
Diante desse cenário, os desdobramentos da prisão de Duterte prometem impactar significativamente o futuro político do país e levantar novas questões sobre a gestão da segurança pública e os direitos humanos sob sua administração.