As paralisações de fábricas de automóveis atingiram um recorde em abril deste ano, com nove empresas suspendendo temporariamente as atividades. Desde então, pelo menos 13 empresas enfrentaram paralisações em 2023.
Embora todas as montadoras já tenham retomado suas atividades, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) informou que novas paralisações estão programadas para os próximos dias em várias partes do país.
Entenda as paralisações
As empresas frequentemente anunciam as paralisações como “férias coletivas”, mas alegam falta de semicondutores como justificativa. No entanto, há um consenso de que a verdadeira razão é a alta dos estoques.
As montadoras contavam com a normalização no fornecimento de componentes eletrônicos para aumentar sua oferta, já que nos últimos dois anos a falta de peças limitou sua produção. No entanto, o mercado enfrenta grandes endividamentos dos consumidores, uma desaceleração econômica e aumento nos preços dos automóveis nos últimos anos. Além disso, há um ambiente de juros mais altos e crédito restrito, levando empresários a pedir por uma retração na taxa básica de juros, como apontado pelo colunista do UOL Leandro Alves.
*Com informações da Agência Estado e Reuters.
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