Durante o depoimento ao delegado Rubens Cerqueira, o motorista revelou que possui uma década de experiência na condução de caminhões. Ele relatou que, no dia do acidente, na sexta-feira (02), estava transportando uma carga de resina do Rio de Janeiro (RJ) com destino a João Pessoa (PB). O motorista negou enfaticamente o consumo de álcool ou de quaisquer substâncias entorpecentes antes ou durante a viagem.
Em seus detalhes sobre o ocorrido, o motorista explicou que um desnível entre a pista e o acostamento provocou uma manobra brusca para manter o caminhão na rodovia. Essa manobra resultou no capotamento da carreta, que acabou virando sobre o automóvel em que Flávia e Lucas estavam, destruindo completamente o veículo. Ele afirmou que, imediatamente após o acidente, tentou prestar socorro às vítimas, mas ambas estavam presas nas ferragens e não puderam ser resgatadas a tempo.
O motorista também mencionou a presença da Polícia Rodoviária Federal no local do acidente, afirmando que foi submetido ao teste do bafômetro, conforme procedimento padrão. Atendendo ao pedido dos policiais rodoviários, ele conduziu o caminhão até o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP). O motorista destacou que possui toda a formação necessária para o transporte de produtos perigosos, e que sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) está devidamente regularizada.
Além disso, um sobrevivente do acidente relatou que, após a primeira colisão, não ouviu mais a voz de Lucas, mas o grito de Flávia ainda ressoava, evidenciando a aflição e o desespero vividos no fatídico momento.
Concluídas as investigações preliminares, o delegado Rubens Cerqueira encaminhará o inquérito à Justiça para os devidos procedimentos legais. O drama que se desenrolou na estrada de Flexeiras é mais uma fatídica lembrança dos perigos constantes nas rodovias brasileiras, e a sombria responsabilidade que pesa sobre cada profissional da estrada.