Historicamente, os drusos mantiveram uma configuração religiosa secreta, especialmente nas montanhas do Líbano, Síria e Israel, onde suas práticas foram muitas vezes forçadas a acontecer de modo clandestino. Essa auto-preservação é um resultado direto das perseguições enfrentadas ao longo dos séculos. A religião drusa é segmentada em “iniciados”, conhecidos como Akhal, que têm acesso a ensinamentos profundos, e os Juhal, ou seculares, que detêm um conhecimento mais superficial.
Atualmente, a província de As-Suwayda, um bastião da comunidade drusa, enfrenta uma situação alarmante. Apesar de um cessar-fogo oficial, a violência persiste, resultando em mortes recentes e ameaças contínuas. As dinâmicas políticas internas da Síria, permeadas por facções radicais do governo e grupos jihadistas, agravam a situação e colocam os drusos sob um cerco não apenas físico, mas também emocional e psicológico.
Especialistas em relações internacionais alertam que os drusos, por sua posição precarizada, podem se tornar os principais alvos de novas agressões, sendo que sua história de resistência não garante proteção contra os extremos do sectarismo atual. O governo sírio enfrenta críticas por sua incapacidade em lidar com o crescente sectarismo e por não assegurar a segurança das minorias. Há um apelo claro para que o futuro político do país não seja apenas uma repetição de estruturas de dominação, mas sim um espaço onde a convivência pacífica entre as diversas comunidades possa ser garantida. Assim, a luta dos drusos não é apenas uma questão religiosa, mas um saga que destaca a complexidade da convivência em um Oriente Médio cada vez mais fragmentado.