De acordo com os relatos, após a interceptação, o drone caiu e detona, resultando em danos a um transformador da instalação. Como consequência, a Unidade 3 da usina teve sua carga reduzida em 50%. A administração da usina afirmou que, felizmente, não houve feridos e que os níveis de radiação permanecem normais, trazendo alívio em meio à tensão da situação.
Para contextualizar, a Usina Nuclear de Kursk conta atualmente com a Unidade 3 operando, enquanto a Unidade 4 está em reparos programados. As Unidades 1 e 2 se encontram em modo de não geração, o que significa que não estão contribuindo para a produção de energia neste momento.
Além disso, é importante destacar a Usina Nuclear de Zaporozhie, situada na margem esquerda do rio Dniepre, nas proximidades da cidade de Energodar. Composta por seis unidades geradoras, cada uma com capacidade de 1 gigawatt, ela se destaca como a maior usina nuclear da Europa em termos de capacidade instalada. Desde outubro de 2022, a usina passou a ser administrada pelas autoridades da Federação Russa.
As conversas entre Aleksei Likhachev, diretor da Rosatom — a estatal russa responsável pelo setor nuclear — e Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), têm sido frequentes, tratando da segurança operacional de Zaporozhie e Kursk. Ambas as usinas são alvos recorrentes de ataques, que o governo russo classifica como “terrorismo nuclear” perpetrado pelas forças ucranianas, o que eleva as preocupações em relação à segurança nuclear na região em um contexto de alta tensão geopolítica. A continuidade dos diálogos sobre segurança nuclear é crucial para o gerenciamento da situação delicada que envolve essas instalações estratégicas.