Doria envia carta a Lula reconhecendo erros do passado e busca reconciliação após embates políticos acalorados.



O ex-governador de São Paulo, João Doria, surpreendeu a todos ao enviar uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual reconheceu ter exagerado em suas críticas ao petista no passado e admitiu ter cometido erros. A carta foi entregue por intermédio do vice-presidente Geraldo Alckmin, do PSB, e o conteúdo foi revelado primeiramente pelo jornal O Globo.

Em uma reviravolta inesperada, Doria, que atualmente está fora da vida partidária e afirma não ter intenções de retornar à política, declarou que deseja virar a página em relação aos embates políticos que teve no passado com diversos adversários. O ex-governador afirmou que os embates foram acalorados e reconheceu que houve exageros, especialmente durante as campanhas eleitorais.

Desde que retornou ao universo empresarial, após uma bem-sucedida carreira na política, Doria tem se dedicado a reconstruir laços com figuras importantes do cenário político nacional. De acordo com o ex-governador, parte de seu sucesso nos negócios se deve ao acesso que seu grupo sempre teve à classe política, independentemente de suas bandeiras partidárias.

Além de Alckmin, com quem teve desavenças no PSDB, Doria também buscou reatar relações com outros políticos antes de procurar Lula. Nomes como Bruno Araújo, ex-presidente do PSDB, e Flávio Dino, ex-governador do Maranhão e ministro da Justiça de Lula, já participaram de eventos promovidos por Doria.

O ex-governador também tem investido em relacionamentos com ministros do governo petista e governadores do nordeste, que são mais alinhados a Lula. No entanto, Doria mantém diálogo com figuras de diferentes espectros políticos, como o ex-ministro da Economia Paulo Guedes.

Apesar de ter a confirmação de que sua carta chegou às mãos de Lula, Doria ainda aguarda uma resposta do presidente em relação à sua proposta de reconciliação e virada de página. A atitude do ex-governador gerou surpresa no meio político e coloca em xeque as tradicionais divergências partidárias em prol de uma postura mais conciliadora e cooperativa entre os líderes.

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