Armed Saraddine, proprietário do bar O Costelão, foi nomeado em 2021 como coordenador executivo na Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública. No ano seguinte, em 2022, foi exonerado a pedido, mas retornou em 2023 para o Executivo Municipal, ocupando atualmente o cargo de assessor especial na Casa Civil com um salário de R$ 17,2 mil. Já Marcelo Novaes, dono do Cachambeer, foi nomeado em março deste ano como assistente I no gabinete do prefeito, recebendo um salário de R$ 20 mil.
Segundo fontes consultadas pela coluna, Saraddine é descrito como atuante no cargo que ocupa na Casa Civil, estando presente na secretaria com frequência. Já Novaes, que é lotado no gabinete de Paes, é visto em publicações em seu Instagram participando de eventos oficiais do prefeito e visitando a sede da prefeitura no Centro do Rio.
A Prefeitura do Rio justificou as nomeações dos empresários, alegando que eles desempenham um papel importante na interlocução do Executivo carioca com o setor de bares, restaurantes e food trucks. No entanto, não explicou por que, mesmo desempenhando funções semelhantes, Saraddine e Novaes foram nomeados em locais diferentes da administração pública e possuem salários discrepantes.
A coluna entrou em contato com os empresários para obter seus posicionamentos, mas não obteve retorno até o momento. O debate sobre a influência de empresários ligados a políticos em cargos públicos continua sendo tema de discussão e levanta questões sobre transparência e ética nas nomeações governamentais.