Dono de bar em Murici é preso sob suspeita de dopar, estuprar mulheres e divulgar vídeos dos abusos em grupos de WhatsApp.



Na manhã desta quarta-feira, 21 de setembro, um homem identificado como o proprietário de um bar localizado em Murici, na Zona da Mata alagoana, foi detido em um operação policial que investiga graves acusações de abuso sexual. Ele é suspeito de ter estuprado, pelo menos, três mulheres após, supostamente, dopá-las. A prisão foi realizada durante a operação batizada de Dominique Pelicot, que visa desarticular redes de violência sexual.

As investigações, lideradas pelo delegado Mário Jorge Marinho, revelam um modus operandi alarmante. O indivíduo estaria utilizando o seu estabelecimento para atrair as vítimas, manipulando-as com bebidas alcoólicas, além de, supostamente, adicionar substâncias entorpecentes às suas bebidas. As sequências gravadas durante os abusos têm circulado em grupos de redes sociais, o que agravou ainda mais a situação. As autoridades acreditam que ele teria compartilhado imagens comprometedoras de suas vítimas, em alguns casos, até entrega-las a pessoas em outros estados, como Mato Grosso.

Três mulheres já prestaram queixa formal à Polícia Civil, afirmando que não se lembram dos eventos retratados nos vídeos, em que aparecem inconscientes. Segundo o delegado, em algumas filmagens, as vítimas parecem estar desmaiadas. “Elas relataram que a bebida que consumiram não justificava a perda de consciência. Há indícios de que ele pode ter dopado essas mulheres”, declarou.

O caso começou a ganhar notoriedade na comunidade após uma das vítimas redescobrir o vídeo que circulava nas redes sociais e decidir agir. Em conversas com o suspeito, ele tentou minimizar a situação, alegando que ela estava apenas embriagada e que a havia colocado para dormir após um banho, justificativa que agora é contestada pelas evidências.

Além disso, durante a operação, a polícia realizou buscas na residência e no bar do homem, confiscando dispositivos como celulares e pendrives, que poderão conter mais material comprometedor. O delegado expressou suas preocupações sobre o potencial de que o suspeito seja um estuprador em série.

Realidade sombria como essa, associada ao nome da operação, que homenageia Dominique Pelicot, um criminoso francês condenado por crimes semelhantes, expõe uma triste faceta da vulnerabilidade feminina frente àquelas pessoas que, sob a aparência de confiança, podem se tornar predadores. O suspeito deve passar por audiência de custódia e, posteriormente, ser encaminhado ao sistema prisional.

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