Com uma população de 2,3 milhões de habitantes, a Faixa de Gaza é uma região muito densamente povoada. Trump afirmou que preferiria que os moradores fossem realocados para países vizinhos, temporariamente ou por um longo prazo. Ele ainda mencionou a possibilidade de construir moradias em outro local, onde eles pudessem viver em paz.
Ao questionar o rei Abdullah, Trump demonstrou interesse em saber se a Jordânia poderia acolher mais palestinos, atualmente já abrigando 2,4 milhões de refugiados de famílias expulsas em 1948 após a criação de Israel. O presidente norte-americano também cogitou o Egito como destino para os moradores de Gaza e anunciou que discutiria o assunto com o presidente Abdel Fatah al-Sisi no dia seguinte.
Essa proposta de Trump gerou controvérsias, sobretudo porque o Egito já se posicionou de forma contrária ao deslocamento forçado dos palestinos de Gaza desde o início da guerra em 2023. Abdel Fatah al-Sisi alertou que qualquer movimento nesse sentido poderia afetar as relações com Israel, incluindo o tratado de paz firmado entre os dois países em 1979.
Diante desse cenário, a comunidade internacional acompanha de perto as repercussões das declarações do presidente dos Estados Unidos e aguarda possíveis desdobramentos políticos relacionados a essa questão complexa envolvendo os palestinos e sua relação com os países vizinhos.