Em uma entrevista à agência de notícias Bloomberg, publicada na última terça-feira, Trump declarou: “Sou a favor do TikTok porque você precisa de concorrência. Se você não tem o TikTok, você tem o Facebook e o Instagram”. Essa mudança de postura está relacionada à lei assinada pelo governo de Joe Biden, que exige que a ByteDance encontre um comprador para a operação americana do aplicativo ou enfrente uma proibição nos EUA.
Além disso, Trump se tornou um crítico das plataformas de Mark Zuckerberg após ter sido suspenso do Facebook e Instagram por conta de publicações após a invasão do Capitólio americano em janeiro de 2021. Apesar de ter levantado preocupações sobre o TikTok ser um instrumento de espionagem chinesa em 2020, o ex-presidente criou um perfil na plataforma para sua campanha presidencial e permanece ativo desde então.
Enquanto nos Estados Unidos o TikTok ganha apoio de Trump, na União Europeia a rede social chinesa enfrenta desafios. O Tribunal Geral da UE rejeitou a contestação legal da ByteDance sobre sua classificação como “gatekeeper” online, submetendo-a a obrigações adicionais de acordo com a Lei de Mercados Digitais. A decisão afeta não apenas o TikTok, mas também empresas como Apple, Google e Microsoft, que estão sob escrutínio do bloco de 27 nações.
Em resumo, a mudança de posicionamento de Trump em relação ao TikTok reflete as controvérsias em torno da plataforma e seu papel no mundo digital, enquanto na Europa a rede social enfrenta desafios legais sobre sua influência como gatekeeper online. A evolução desse cenário promete continuar atraindo a atenção de reguladores e do público em geral.