Ao longo do dia, o dólar apresentou uma desvalorização de 0,84%, fechando em R$ 6,0721. Esse resultado representa um alívio em relação ao pico observado na última quarta-feira, quando a moeda atingiu R$ 6,2657. Estes movimentos foram influenciados pela crise de confiança local e pela alta global do dólar, após o Federal Reserve indicar uma menor margem para redução dos juros em 2025.
Apesar da recuperação do real, a moeda encerrou a semana com um ganho de 0,68%, acumulando uma valorização de 1,18% no mês de dezembro. Em relação aos meses anteriores, novembro e outubro destacaram-se com altas de 3,81% e 6,31%, respectivamente. No entanto, o real ainda registra as piores perdas entre as principais moedas globais ao longo do ano.
Durante o pregão, o dólar chegou a operar abaixo de R$ 6,05, atingindo a mínima de R$ 6,0458 no meio da tarde. Esse movimento de melhora dos ativos domésticos foi associado a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reafirmou a autonomia do Banco Central em um vídeo publicado nas redes sociais.
O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, destacou a intervenção histórica do BC no mercado de câmbio e as declarações de Galípolo sobre a política monetária. Gala ressaltou a importância das medidas adotadas para conter a inflação e aliviar o mercado cambial no final do ano.
Em resumo, a intervenção do Banco Central e as medidas de contenção de gastos do governo contribuíram para a recuperação do real frente ao dólar, encerrando uma semana de volatilidade nos mercados. A atuação do BC, somada aos leilões de compra de títulos do Tesouro, foram fundamentais para estabilizar a liquidez e garantir um ambiente mais tranquilo aos investidores.