Uma das principais razões para a demanda crescente pelo dólar é a incerteza em relação às próximas medidas a serem adotadas pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. A ata da última reunião de política monetária não dissipou essas dúvidas, mantendo os investidores cautelosos. Além disso, o mercado está desapontado com a falta de estímulos expressivos por parte da China e está atento a qualquer possibilidade que possa impactar negativamente o cenário fiscal brasileiro.
No cenário internacional, o DXY, que mede a moeda americana em relação a uma cesta de seis moedas fortes, subiu 0,36%, atingindo 102,928 pontos. Em relação ao real, o dólar teve uma valorização ainda mais expressiva, avançando 0,98%, chegando a R$ 5,5871 no mercado à vista. No contrato futuro para novembro, a alta era de 0,93%, cotado a R$ 5,6020 por volta das 17h22.
A ata da última reunião do Fed também foi um ponto de atenção, não causando grandes mudanças nas expectativas do mercado em relação ao ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos. Além disso, a falta de clareza sobre possíveis medidas fiscais da China e as preocupações locais com a proposta de criação de um imposto mínimo para pessoas físicas com renda acima de R$ 1 milhão tem contribuído para o cenário de instabilidade.
Diante desse contexto, os investidores estão atentos a qualquer sinal de melhora nas perspectivas econômicas globais e locais, mas por enquanto, o dólar segue em alta, impactando não apenas o real, mas outras moedas de países emergentes e exportadores de commodities.