Segundo o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, as altas no dólar foram motivadas por questões políticas, em meio às negociações para a aprovação da Lei de Bases no Congresso. Ele também confirmou que o país negociará um novo programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI) com o objetivo de receber novos recursos.
O porta-voz presidencial, Manuel Adoni, em declarações à imprensa nesta terça-feira, afirmou que a flutuação da moeda é considerada natural após um período recente de estabilidade. Ele garantiu que a variação do dólar não deve influenciar nos preços domésticos, não representando um risco significativo para a inflação, que está em tendência de desaceleração. Adoni também descartou qualquer intervenção no mercado de câmbio.
Após um mês de turbulência financeira, o Senado argentino debaterá nesta quarta-feira a Lei de Diretrizes e Bases e a reforma fiscal, eventos que definirão se o governo conseguirá avançar com as reformas estruturais em sua agenda desde que assumiu o cargo em dezembro.
Além disso, a expectativa se volta para o anúncio do índice de Preços ao Consumidor e da taxa de juros do país, que também serão divulgados amanhã e influenciarão o humor dos principais ativos financeiros. O cenário político e econômico da Argentina segue sendo monitorado de perto pelos investidores e pela população em geral.