O dólar subiu e voltou ao nível de R$ 3,15 nesta quinta-feira, num movimento de correção após recuar quase 2% em cinco dias e também influenciado pelo cenário externo, com investidores à espera dos dados de emprego nos Estados Unidos no dia seguinte.
O dólar avançou 0,67%, a R$ 3,1524 na venda, depois de oscilar entre a mínima de R$ 3,1264 e a máxima de R$ 3,1566 no dia. O dólar futuro tinha valorização de cerca de 0,50% no final da tarde, revela o Terra.
“Após o forte recuo dos últimos dias, poderia haver alguma correção. O otimismo com as captações segurou (parte desse) movimento”, disse o operador de câmbio do Grupo Ourominas, Ademar Vitor Pereira Mendes.
Nos últimos cinco pregões, o dólar recuou 1,93%, com as recentes captações externas contribuindo para o viés de baixa. Na véspera, a Braskem conseguiu emitir US$ 1,75 bilhão em bônus de dez anos.
Um dia antes, o governo brasileiro havia aberto o caminho ao captar US$ 3 bilhões em títulos de 10 anos, alongando a dívida a custo mais baixo.
No exterior, o dólar atingiu mais cedo o patamar mais alto em sete semanas ante a cesta de moedas com dados sinalizando crescimento sólido da economia norte-americana, um dia antes da divulgação do relatório do mercado de trabalho do país.
A alta também era vista ante divisas de emergentes, como o rand sul-africano, o pesco mexicano e a lira turca. Ante o real, no entanto, a valorização foi mais contida, segundo investidores, por causa desse ambiente mais favorável após as captações.
Como pano de fundo, os investidores continuaram monitorando a cena política interna, com o andamento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados.
05/10/2017
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