Dólar fecha estável após intervenções do BC; bolsa tem melhor mês do ano em agosto. Mercado doméstico e internacional em tensão.



Em um dia marcado por intensas tensões nos mercados nacional e internacional, o dólar encerrou praticamente estável após duas intervenções do Banco Central (BC) no câmbio. Enquanto isso, a bolsa de valores operou em queda durante a maior parte da sessão, sofrendo ajustes, mas fechou o mês de agosto com o melhor desempenho do ano.

O dólar comercial fechou esta sexta-feira (30) sendo vendido a R$ 5,633, com uma alta de apenas 0,17%. Porém, ao longo do dia, a cotação apresentou forte volatilidade. Após a primeira intervenção do BC, por volta das 9h40, o dólar chegou a cair para R$ 5,58, mas subiu rapidamente para R$ 5,69 20 minutos depois. Após a segunda intervenção do BC por volta das 12h30, o dólar manteve-se próximo de R$ 5,65 durante a tarde e encerrou o dia próximo à estabilidade.

As intervenções do BC foram significativas, com a venda de US$ 1,5 bilhão nas reservas internacionais pela manhã e um leilão de US$ 765 milhões em contratos novos de swap cambial tradicional à tarde. Essas ações foram justificadas pela necessidade de combater disfuncionalidades no mercado de câmbio no último dia útil do quadrimestre, devido à tradicional expectativa dos investidores de ajustarem suas carteiras no fim de cada mês.

Apesar de ter registrado uma alta de 2,86% na semana, o dólar encerrou o mês de agosto com uma leve queda de 0,34%, em um período marcado por intensa volatilidade. Já no mercado de ações, a bolsa teve um dia de ajustes, com o índice Ibovespa, da B3, fechando aos 136.004 pontos, marcando um recuo de apenas 0,03%.

Os fatores que influenciaram o mercado nesta sexta-feira foram tanto internos quanto externos. No cenário internacional, a divulgação de que a inflação nos Estados Unidos ficou em 0,2% em julho teve uma recepção mista, com a expectativa de queda dos juros a partir de setembro. Enquanto no cenário doméstico, o déficit primário do setor público em julho ficou em R$ 21,348 bilhões, resultado que superou as expectativas e foi inflado pelos gastos dos governos locais antes das eleições municipais.

Em meio a todas essas turbulências no mercado, o mês de agosto foi positivo para a bolsa de valores, com expectativas de recuperação impulsionadas pela perspectiva de queda dos juros nos Estados Unidos. O desempenho ascendente da bolsa foi um dos destaques do cenário econômico global ao longo do mês.

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