Dólar fecha em queda após declarações duras do diretor do Banco Central; Investidores seguem de olho na inflação acima da meta.



O mercado financeiro encerrou o dia com o dólar em queda de 0,08%, atingindo a marca de R$ 5,69. A trajetória da moeda foi influenciada pelas declarações contundentes do diretor do Banco Central (BC), Paulo Picchetti, que alertou para a estabilização da inflação em patamares acima da meta, gerando preocupações fiscais entre os investidores.

Durante um evento em Washington, nos Estados Unidos, Picchetti destacou que o país atravessa um momento de transição de regime econômico, tornando difícil a avaliação precisa do cenário. Nesse contexto, a volatilidade e a incerteza se tornam mais acentuadas, levando o BC a depender totalmente de dados para orientar suas próximas decisões.

O Boletim Focus trouxe projeções otimistas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com uma mediana de expectativa de 4,50% em 2024, no limite máximo da meta de inflação estabelecida em 3%. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, também presente no evento, ressaltou a necessidade de levar a inflação para a meta estabelecida, destacando que este é o principal foco da instituição.

Contudo, o mercado financeiro também reagiu às declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a 16ª Cúpula do Brics, realizada em Kazan, na Rússia. Lula defendeu a taxação dos super-ricos e destacou a importância de ações globais contra a fome e a pobreza, além de cobrar medidas efetivas para combater as mudanças climáticas.

No cenário internacional, as atenções se voltaram para a corrida presidencial nos Estados Unidos, assim como para os novos dados econômicos divulgados pelo Federal Reserve (Fed). O Livro Bege revelou um pouco mais de otimismo em relação à perspectiva de longo prazo, indicando um aumento leve no nível de emprego no país.

Em meio a esse cenário de incertezas e oscilações, o Ibovespa fechou o dia em queda de 0,64%, refletindo a pressão da queda das commodities no mercado internacional. O mercado financeiro permanece atento às movimentações econômicas internacionais e aos desdobramentos políticos em diversas partes do mundo.

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