O comportamento do câmbio, com a moeda americana em queda, reflete a dinâmica internacional e o índice DXY, que avalia a força do dólar em relação a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, recuou 0,55% no mesmo período. Além disso, moedas de países emergentes, como o peso mexicano e o peso colombiano, também mostraram desvalorização do dólar, indicando um padrão global.
Bruno Shahini, especialista em investimentos, apontou que a fragilidade do dólar e a melhora do apetite por risco global contribuíram para essa tendência. Apesar do tarifaço, o mercado local conseguiu reagir de forma positiva. As expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve, banco central dos EUA, também fortalecem outras moedas, especialmente o real. Contudo, ele alerta para riscos internos, como a falta de diálogo entre o Brasil e os Estados Unidos e as divergências em negociações de acordos comerciais, que podem criar um cenário de cautela no câmbio.
Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a aplicação de tarifas adicionais à Índia, elevando o total para 50%, o mesmo patamar imposto ao Brasil, em um movimento que parece ter sido ignorado pelos investidores locais. O Ibovespa teve um desempenho impressionante nas primeiras horas de negociação, com ações da Raia Drogasil subindo 18,07%, impulsionadas por resultados financeiros melhores que o esperado. Entretanto, o Grupo Pão de Açúcar registrou uma queda de 8,88% em consequência da divulgação de seus resultados.
Portanto, mesmo com a instabilidade provocada por medidas protecionistas internacionais, os dados revelam uma resiliência surpreendente nos mercados brasileiros, que continuam a navegar por tempos desafiadores com um otimismo cauteloso.