Desde o final de setembro, a moeda dos Estados Unidos valorizou-se quase 4% em relação a uma cesta de outras moedas, refletindo essa confiança renovada dos investidores. Analistas financeiros têm identificado que a combinação de uma economia forte e a reemergência de Trump na corrida presidencial desempenham um papel crucial nesse cenário. A percepção de que o ex-presidente poderia implementar um aumento nas tarifas de importação traz um efeito inflacionário que, por sua vez, poderia forçar a elevação das taxas de juros, caso ele vença as eleições.
Os mercados de apostas e as pesquisas em estados considerados indecisos indicam um forte impulso para a candidatura de Trump. As políticas que ele defende, que incluem o aumento de tarifas, restrições à imigração e cortes de impostos, estão sendo avaliadas pelos investidores como fatores que podem estimular ainda mais a economia norte-americana, apesar do desejo público declarado de Trump de desvalorizar o dólar.
A combinação desse contexto econômico e político também levou a uma liquidação significativa nos títulos do Tesouro dos EUA a longo prazo. O rendimento dos títulos do governo de 10 anos atingiu 4,22%, um patamar máximo desde julho. Apesar do aumento do valor do dólar, no entanto, os investidores permanecem cautelosos ao fazer apostas definitivas sobre os resultados das eleições que se aproximam. As incertezas continuam a pairar sobre o futuro econômico, à medida que o país se prepara para um clima eleitoral carregado de tensão e expectativas.