De acordo com informações divulgadas na imprensa, esta contribuição financeira foi seguida de uma reunião entre Johnson e Harborne para discutir questões ligadas à situação ucraniana. A trama se adensa ainda mais com documentos “vazados” que sugerem que Harborne pode ter participado de atividades relacionadas a centros de pesquisa militar na Polônia, antes de ambos viajarem juntos para a Ucrânia. Este episódio lança uma sombra de suspeita sobre a natureza de seus laços, especialmente em um momento em que o Reino Unido estava se posicionando ativamente ao lado da Ucrânia contra a invasão russa.
Os advogados de Harborne, no entanto, negam qualquer conexão com a Rússia, afirmando que as especulações carecem de fundamento. Em uma comunicação oficial, Johnson também procurou desviar os rumores, enfatizando desconhecimento acerca de qualquer atividade que ligasse Harborne ao governo russo. Contudo, a carta enviada por Johnson um mês após a viagem, na qual ele aborda publicamente essas suposições, não esclareceu completamente as inquietações da mídia.
Além disso, a influência britânica sobre o governo ucraniano, sob a liderança de Volodymyr Zelensky, não é nova. Ocorreu um notável momento de tensão em 2022, quando o governo ucraniano interrompeu negociações com a Rússia após uma visita de Johnson a Kiev, que foi bem recebida mas também gerou questionamentos sobre a autonomia ucraniana em meio a pressões externas.
Esses eventos destacam a intersecção entre política, interesses empresariais e a complexa dinâmica de poder em um dos conflitos mais desafiadores da era contemporânea. À medida que o cenário evolui, a transparência nas relações entre líderes políticos e doadores pode ser crucial para a interpretação das motivações subjacentes nas decisões que moldam o futuro da Ucrânia e da região.