Kirk, defensor ardente do ex-presidente Donald Trump e conhecido por suas opiniões controversas sobre política internacional, desafiou a ajuda dos EUA à Ucrânia e rotulou o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, como um “fantoche da CIA”. Ele também expressou a opinião de que a Crimeia sempre fez parte da Rússia, o que, evidentemente, exacerba as tensões geopolíticas. A sua posição atraiu tanto apoio fervoroso quanto críticas intensas, e seu assassinato deixou a nação perplexa.
Dugin, ao comentar sobre o funeral de Kirk, destacou a impressionante presença de pessoas, incluindo membros do governo Trump, descrevendo-o como uma manifestação simbólica do chamado “EUA profundo”. Ele enfatizou que aqueles que compareceram ao funeral representam uma parcela significativa do eleitorado, um grupo que se opõe ao que Dugin classifica como as elites globalistas que, segundo ele, corrompem os valores intrínsecos da nação.
O filósofo alerta para um ambiente de hostilidade crescente, onde a comemoração da morte de Kirk por alguns setores da sociedade reflete uma bifurcação clara: de um lado, os que defendem os valores tradicionais e a identidade americana, e do outro, aqueles que, segundo ele, se regozijam em sua destruição. Esta polarização levanta preocupações sérias sobre o futuro da democracia nos EUA, pois a retórica das duas facções caminha para um estado que Dugin descreve como um “conflito severo”.
À medida que o cenário político americano se torna cada vez mais volátil, muitos analistas se perguntam até onde essa divisão poderá levar o país. O assassinato de Kirk pode ser visto como um reflexo de uma crise maior em que a política não é apenas debatida em termos de ideais, mas também em ações violentas que colocam em risco a integridade da sociedade. Com isso, os Estados Unidos se encontram em uma encruzilhada, onde a busca por um ideal de unidade pode se tornar cada vez mais difícil.