Divisão em Israel: Porta-voz do Exército desafia Netanyahu sobre o Hamas, evidenciando falta de plano pós-guerra



A tensão dentro do governo israelense em relação aos objetivos da ofensiva em Gaza e a falta de um plano consistente para o período pós-guerra foi evidenciada nas recentes declarações do porta-voz do Exército, Daniel Hagari, e na resposta subsequente do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Enquanto Hagari afirmou ser impossível eliminar o Hamas e sugeriu a necessidade de promover algo novo para substituí-lo, Netanyahu reiterou o objetivo de aniquilar o grupo terrorista, que controla a Faixa de Gaza.

As divergências entre os militares e o governo sobre os rumos da guerra ficaram evidentes quando Netanyahu expressou sua insatisfação com a decisão do Exército de declarar uma “pausa tática” nos combates em Rafah para permitir a entrada de ajuda humanitária. O primeiro-ministro reclamou que “temos um país com um Exército, não um Exército com um país”, indicando a falta de alinhamento entre as partes.

Além disso, Hagari e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, cobraram publicamente um plano claro de Netanyahu para o pós-guerra, alertando para o risco de uma ocupação prolongada da Faixa de Gaza caso não haja uma estratégia política definida. Gallant, com alto índice de aprovação entre os judeus israelenses, destacou a necessidade de criar uma alternativa de governo ao Hamas imediatamente.

Enquanto Netanyahu promete uma “vitória total” na ofensiva, manifestantes e críticos do governo apontam que a falta de controle e os objetivos não alcançados, como a libertação de reféns, estão gerando descontentamento e divisões na sociedade israelense. A saída de líderes como Benny Gantz e Gadi Eizenkot do gabinete de guerra por discordâncias com o governo aumentou a turbulência política no país.

Com a dissolução do gabinete de guerra, Netanyahu concentrou as decisões sobre a ofensiva em Gaza, gerando dúvidas sobre a eficácia e a coerência da estratégia adotada. Enquanto isso, os desafios políticos e militares se acumulam, colocando em evidência a necessidade de um plano claro e abrangente para lidar com as consequências do conflito em Gaza.

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