Os assessores do candidato psolista demonstraram otimismo diante do alto número de eleitores indecisos revelados pela pesquisa. Eles acreditam que esse grupo pode ser crucial para uma virada nos últimos dias antes do segundo turno. Por outro lado, a equipe do prefeito Ricardo Nunes enxergou os resultados de maneira mais conservadora, interpretando-os como um sinal de estabilidade e ressaltando a liderança do emedebista.
No cenário estimulado, em que os nomes dos candidatos são apresentados, Nunes obteve 45% das intenções de voto, contra 33% de Boulos. Além disso, 19% dos eleitores afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto, enquanto 3% ainda se mantêm indecisos.
Os assessores de Nunes argumentam que parte dos votos brancos e nulos pode ser atribuída aos eleitores de Pablo Marçal, do PRTB, no primeiro turno. A diferença de votos entre Nunes e Boulos na pesquisa Quaest coincide com os resultados das pesquisas internas da campanha, indicando uma vantagem confortável para o atual prefeito.
A pesquisa, realizada entre os dias 12 e 15 de outubro, também abordou o impacto das fortes chuvas do dia 11 na cidade. Apesar das tentativas de Boulos de capitalizar politicamente o apagão causado pelas tempestades, isso não teve um efeito significativo na candidatura de Nunes.
No cenário espontâneo, em que os nomes dos candidatos não são apresentados, Nunes lidera com 38% das intenções de voto, frente aos 28% de Boulos. A campanha do PSOL destaca o elevado número de eleitores indecisos nesse cenário, ressaltando a possibilidade de uma virada.
Com a eleição se aproximando, a disputa entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos se intensifica, e o cenário político em São Paulo se torna cada vez mais imprevisível. A pesquisa Quaest serve como mais um elemento nesse tabuleiro eleitoral, mostrando que a batalha pelo voto dos paulistanos está longe de chegar ao fim.