Esses dados foram revelados em uma pesquisa robusta que explora as desigualdades sociais, abordando aspectos cruciais como a estrutura econômica, mercado de trabalho, padrão de vida e educação. Embora o Distrito Federal tenha mostrado um desempenho exemplar em termos de rendimento e educação, a pesquisa também destacou a preocupação com a desigualdade de renda, evidenciada pelo índice de Gini, que no DF é de 0,547. Esse índice indica uma distribuição de renda extremamente desigual, trazendo à tona uma realidade preocupante: cerca de 15,3% da população vive abaixo da linha da pobreza. Contrapõe-se a essa situação a recente queda da taxa de desocupação, que agora está em 9,7%, marcando a terceira redução anual consecutiva.
O estudo também aprofundou a análise do rendimento por raça e gênero. Os dados revelaram que, em 2024, os homens brancos apresentavam uma média de rendimento de R$ 7.757, enquanto mulheres de cor preta ou parda recebiam R$ 3.170, expondo uma desigualdade estrutural historicamente enraizada. Em termos de rendimento-hora, a diferença é igualmente alarmante: aqueles com ensino superior completo ganham em média R$ 51,60 por hora, contrastando drasticamente com os R$ 13,60 recebidos por pessoas sem instrução formal.
Por fim, o contexto educacional do Distrito Federal é notável. Com 38,9% da população de 25 anos ou mais apresentando nível superior completo, a região supera a média nacional de 20,4%. Além disso, 84,5% da faixa etária de 18 a 29 anos possui um mínimo de 12 anos de escolaridade, um aumento significativo em relação a anos anteriores. Tais dados não apenas destacam a posição privilegiada do Distrito Federal em relação à educação, mas também ressaltam os desafios que a desigualdade de renda ainda impõe na luta por uma sociedade mais equitativa.









