Por outro lado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também se destaca como um forte candidato. Com um histórico de apoio no Senado e a benesse de ter conseguido estabelecer laços sólidos com o Judiciário, Pacheco é visto como uma alternativa viável, capaz de atrair apoio político significativo. Sua experiência inclui o barramento de pedidos de impeachment contra ministros do STF e um diálogo constante com a corte, o que lhe conferiu uma imagem respeitável. Seu desejo de integrar o STF é conhecido, mas, inicialmente, era visto por Lula como uma opção para a candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026.
A questão da representatividade feminina também paira sobre a decisão. Após a saída de Rosa Weber, o STF ficou com Cármen Lúcia como única mulher na corte, levantando a pressão sobre Lula para que indique uma mulher. No entanto, as chances de uma indicação feminina parecem remotas, já que Lula recentemente fez escolhas de mulheres para outras instâncias judiciais, como o Superior Tribunal de Justiça e o Superior Tribunal Militar.
Ainda que se especule sobre uma ministra entre os candidatos, informações obtidas de fontes do meio jurídico indicam que Messias continua sendo o nome mais provável para assumir a vaga. O presidente Lula deve anunciar sua decisão em breve, após retornar de uma viagem à Itália, e a expectativa é que o anúncio ocorra de forma a evitar pressões políticas prolongadas.
Messias, embora considerado discreto e com uma projeção acadêmica modesta, possui a confiança do presidente, além de contar com o suporte do Partido dos Trabalhadores. Seu doutorado em direito pela Universidade de Brasília, focado na atuação da AGU em contextos de risco global, complementa sua formação acadêmica e fortalece sua posição.
A articulação política para a sucessão no STF continua intensa, com ambos os candidatos mantendo uma postura reservada e evitando declarações públicas, enquanto aguardam a definição de Lula sobre uma das posições mais importantes do Judiciário brasileiro.