A polêmica ganhou ainda mais destaque com a revelação de que o salário de um pastor na Bola de Neve pode variar entre R$ 14 mil e R$ 16 mil, de acordo com informações do portal Glassdoor. Esse valor contrasta com a média de renda para a ocupação de “ministro de culto religioso” no Brasil, que é de R$ 4.737, segundo dados do Salariômetro da Fipe.
Além disso, a disputa pelo comando da igreja têm se intensificado após a morte de Rina em novembro do ano passado, em decorrência de um politraumatismo causado por um acidente de moto. Sua viúva, a pastora e cantora gospel Denise Seixas, acusou o conselho deliberativo da Bola de Neve de fraude e desvio de dinheiro, levando o Ministério Público de São Paulo a iniciar uma investigação sobre o caso. A Justiça reconheceu Denise como presidente interina da igreja, mas logo após ela renunciou ao cargo.
As acusações de desvio de dinheiro envolvem a movimentação de receitas da instituição religiosa por meio de uma conta bancária em nome da BMP Money Plus, com razão social BMP Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e a Empresa de Pequeno Porte Limitada. A pastora Denise Seixas teria solicitado o acesso às contas da igreja após a morte do ex-marido, revelando supostas irregularidades que totalizam mais de R$ 442 mil em notas fiscais emitidas entre janeiro e outubro de 2024.
A igreja, por sua vez, nega as acusações e afirma que sua gestão está em conformidade com a legislação e práticas de conformidade. O conselho deliberativo ressalta que as contas e contratos da organização são auditados anualmente e aprovados sem restrições por uma empresa multinacional. No entanto, a polêmica envolvendo a Bola de Neve continua e ainda promete trazer mais desdobramentos nos próximos capítulos.