Disputa pelo comando da Bola de Neve intensifica-se e revela denúncia de desvio milionário de dinheiro, causando reviravolta na liderança.



Nos últimos meses, a disputa pelo comando da Bola de Neve, uma igreja neopentecostal brasileira fundada em São Paulo em 1999 pelo apóstolo Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, mais conhecido como apóstolo Rina, tem chamado a atenção da mídia e despertado a curiosidade do público. Com mais de 500 templos e uma arrecadação anual estimada em R$ 250 milhões, a instituição conta com milhares de pastores, líderes religiosos e fiéis.

A polêmica ganhou ainda mais destaque com a revelação de que o salário de um pastor na Bola de Neve pode variar entre R$ 14 mil e R$ 16 mil, de acordo com informações do portal Glassdoor. Esse valor contrasta com a média de renda para a ocupação de “ministro de culto religioso” no Brasil, que é de R$ 4.737, segundo dados do Salariômetro da Fipe.

Além disso, a disputa pelo comando da igreja têm se intensificado após a morte de Rina em novembro do ano passado, em decorrência de um politraumatismo causado por um acidente de moto. Sua viúva, a pastora e cantora gospel Denise Seixas, acusou o conselho deliberativo da Bola de Neve de fraude e desvio de dinheiro, levando o Ministério Público de São Paulo a iniciar uma investigação sobre o caso. A Justiça reconheceu Denise como presidente interina da igreja, mas logo após ela renunciou ao cargo.

As acusações de desvio de dinheiro envolvem a movimentação de receitas da instituição religiosa por meio de uma conta bancária em nome da BMP Money Plus, com razão social BMP Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e a Empresa de Pequeno Porte Limitada. A pastora Denise Seixas teria solicitado o acesso às contas da igreja após a morte do ex-marido, revelando supostas irregularidades que totalizam mais de R$ 442 mil em notas fiscais emitidas entre janeiro e outubro de 2024.

A igreja, por sua vez, nega as acusações e afirma que sua gestão está em conformidade com a legislação e práticas de conformidade. O conselho deliberativo ressalta que as contas e contratos da organização são auditados anualmente e aprovados sem restrições por uma empresa multinacional. No entanto, a polêmica envolvendo a Bola de Neve continua e ainda promete trazer mais desdobramentos nos próximos capítulos.

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