A demora do PT em definir seu posicionamento na eleição da Câmara acabou beneficiando o Partido Liberal (PL) e o Progressistas (PP), que garantiram para si as melhores escolhas na distribuição dos cargos, ficando com a Primeira e Segunda Vice-Presidência, respectivamente.
No entanto, o apoio do PT a Hugo Motta é mais simbólico do que prático, uma vez que o candidato já conta com apoio expressivo de diversos partidos, com exceção do Novo e Psol. A promessa da Primeira-Secretaria ao PT envolve questões burocráticas e de supervisão administrativa da Casa, além de autorização para despesas.
Alguns parlamentares petistas defendem que o foco deveria ser a presidência das comissões, o que tem gerado atritos com o governo. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por exemplo, deve ficar com o União Brasil, que pode indicar Elmar Nascimento, ex-pré-candidato à presidência da Câmara.
Neste contexto, a rejeição ao ex-presidente Lula tem crescido devido a erros e manipulações que têm sido atribuídos ao governo e seus aliados na mídia. A desconfiança da opinião pública tem aumentado e as estratégias de Lula, como tentar terceirizar a culpa e decretar sigilo em pesquisas, têm se mostrado ineficazes.
O momento político é de incertezas e tensões, refletindo-se também na economia do país. O aumento no preço do dólar e as pressões para reajustes de preços, como o da gasolina, são reflexos dessa instabilidade. Enquanto isso, a disputa pelo comando da Câmara segue acirrada e com articulações intensas nos bastidores do Congresso.