Disputa interna preocupa Bolsonaro: aliados pragmáticos negociam com Centrão enquanto “intergalácticos” criticam alianças com PT.



A expressão “perder de pé ou ganhar de quatro” tem causado divisões entre os bolsonaristas e preocupado o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa expressão reflete a discussão sobre a postura mais radical e confrontadora dos militantes mais extremistas em relação à busca por alianças políticas mais pragmáticas e conciliadoras. Enquanto Bolsonaro e seus aliados mais estratégicos buscam ocupar espaços importantes no Congresso, como as presidências de comissões, através do apoio a figuras como Hugo Motta e Davi Alcolumbre, os bolsonaristas mais radicais prefeririam que o PL apostasse em candidatos próprios ou que assumissem compromissos mais alinhados com suas pautas prioritárias.

A disputa entre esses dois grupos também se reflete nas críticas dos aliados pragmáticos de Bolsonaro aos chamados “intergalácticos”, que discordam das estratégias de alianças políticas adotadas pelo ex-presidente. Para eles, a aposta em candidatos próprios, como ocorreu com Rogério Marinho, e a recusa em se aliar a partidos considerados não alinhados com suas ideologias, como o PT, podem levar à marginalização política do PL no Congresso.

Diante desse cenário, Bolsonaro tem se posicionado publicamente contra os “intergalácticos”, criticando aqueles que buscam se descolar dele de alguma forma e tentam manter sua popularidade entre a militância conservadora. O ex-presidente considera que aqueles que tentam se destacar com estratégias baseadas em likes ou lacração não têm conseguido alcançar sucesso político, rotulando-os de “estrategistas intergalácticos”.

Dessa forma, a divisão entre os bolsonaristas mais pragmáticos e os mais radicais reflete uma disputa interna pelo controle do direcionamento político do bolsonarismo no Brasil. Enquanto uns buscam alianças estratégicas para ocupar espaços e garantir influência no Congresso, outros preferem manter uma postura mais ideológica e resistente a qualquer concessão ao Centrão. Essa divisão pode impactar o futuro do PL e a possibilidade de Bolsonaro consolidar seu capital político no cenário nacional.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo