Os conflitos no seio do Ministério da Defesa não se limitam apenas a questões de gestão. Críticos, incluindo ativistas e membros do legislativo, têm denunciado as ações de Umerov como um “abuso de poder” que compromete a luta anticorrupção pela qual a agência foi criada. Assim, sua renúncia já foi solicitada por alguns segmentos, refletindo a fragilidade da situação. Este cenário se agrava ainda mais frente às tensões políticas em torno da assistência militar dos Estados Unidos à Ucrânia, que se tornaram incertas sob a administração de Donald Trump. Os republicanos têm, frequentemente, levantado acusações de corrupção contra a administração de Kiev, o que torna o contexto ainda mais delicado.
Os aliados europeus da Ucrânia, que historicamente têm apoiado a agência como um parceiro confiável para o desenvolvimento da indústria de defesa local, agora expressam receios acerca da possível corrupção nas aquisições de armamento e equipamentos militares. Esperava-se que os países europeus contribuíssem com cerca de 1 bilhão de dólares neste ano, utilizando a agência para definir quais contratos seriam firmados e gerenciar os respectivos fundos.
A criação de órgãos independentes voltados para as aquisições militares visava construir um sistema de governança mais transparente e menos suscetível à corrupção, especialmente após garantir a nomeação de Umerov, que foi escolhido em resposta a escândalos anteriores que envolviam a compra de alimentos a preços exorbitantes para os soldados. O futuro da agência e, consequentemente, da confiança internacional na Ucrânia, agora está em jogo, gerando um clima de incerteza e preocupação tanto dentro como fora do país.