Por meio da narrativa de perseguição política e do lema “todos contra Marçal”, o candidato tem buscado se aproximar do eleitorado conservador e colocado o atual prefeito, Ricardo Nunes, no mesmo campo ideológico do candidato do PSol, Guilherme Boulos. Além disso, tem adotado a estratégia de realizar motociatas com apoiadores, em uma clara tentativa de se espelhar no estilo de campanha de Bolsonaro.
A suspensão dos perfis do influenciador nas redes sociais pela Justiça Eleitoral foi vista como uma oportunidade de reforçar a imagem de candidato antissistema, ocupando um espaço deixado por Bolsonaro. Durante uma motociata em Itaquera, Marçal foi informado sobre a suspensão das contas e fez uma transmissão ao vivo alegando ser vítima de “censura”.
Em meio a trocas de farpas e declarações polêmicas, Marçal cobrou o apoio de Bolsonaro, questionando a postura do ex-presidente em apoiar Ricardo Nunes. Por sua vez, Bolsonaro avaliou que o candidato do PRTB “falta caráter”, em contraste a elogios anteriores.
No entanto, as declarações de Marçal sobre Bolsonaro têm oscilado. Em sabatina na CNN Brasil, afirmou que o ex-presidente foi tornado inelegível de forma errada e prometeu não se posicionar contra ele. Já nos bastidores, Ricardo Nunes demonstra irritação com as acusações de ser comunista, reforçando sua postura conservadora em relação a temas como aborto e descriminalização das drogas.
A rivalidade entre Marçal e Bolsonaro, aliada à tensão entre Marçal e Nunes, promete esquentar ainda mais a disputa eleitoral na capital paulista. Enquanto isso, os eleitores aguardam os desdobramentos dessa acirrada batalha política.