Disputa acirrada pela presidência da Câmara Municipal de São Paulo gera embolada de candidatos e apoios políticos em jogo.

Disputa pelo comando da Câmara Municipal de São Paulo agita cenário político da capital

A aposentadoria do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Milton Leite (União Brasil), tem gerado uma intensa disputa pelo comando da Casa a partir do próximo ano. Aliados de Leite entram em confronto aberto, com até mesmo um apelo vindo do ex-presidente Michel Temer (MDB) para pacificar os ânimos.

Até as eleições deste ano, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) era considerado o favorito para suceder Leite na presidência. No entanto, após apoiar o influenciador Pablo Marçal (PRTB) durante o primeiro turno das eleições, seu nome foi vetado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), que se recusa a aceitá-lo novamente como aliado. Nunes chegou a declarar que queria distância de traidores, referindo-se a Rubinho e outro candidato que também apoiou Marçal, o recém-eleito Sargento Nantes (PP).

O Metrópoles apurou que, ao longo da semana, Rubinho tem buscado se viabilizar novamente como candidato à presidência. O próprio vereador e seus aliados têm procurado os demais vereadores para tentar angariar apoio, e parte da Casa simpatiza com sua candidatura.

Temer, aliado de Nunes, teria se encontrado com o prefeito para tentar promover a reconciliação entre ele e Rubinho, mas o prefeito não teria aceitado a proposta. A manobra de Rubinho teria o aval de Leite, que busca pressionar os aliados de Nunes a aceitarem o nome de Silvão Leite (União), seu ex-chefe de gabinete e um de seus herdeiros políticos, como alternativa.

A insistência de Leite em emplacar Silvão na presidência tem desagradado os vereadores, que veem com desconfiança a manutenção da influência do atual presidente sobre o comando da Câmara. Diante disso, alguns vereadores articulam outras candidaturas, incluindo a tentativa do próprio Rubinho. Nunes e aliados avaliam a possibilidade de colocar Silvão na vice-presidência, preparando o terreno para uma futura eleição em 2026.

Rubinho tem conquistado apoio da bancada do PT, que argumenta nos bastidores que há um acordo para que o União Brasil tenha a presidência da Casa. O PSol, por sua vez, deve lançar uma candidatura própria e cogita apoiar um candidato "menos pior" em um eventual segundo turno.

Diante do crescimento de Rubinho, Nunes planeja emplacar o vereador Sidney Cruz (MDB) como candidato próprio. O prefeito prefere um nome forte na presidência para garantir mais governabilidade, diante da eleição de vereadores considerados independentes.

A disputa pelo comando da Câmara Municipal de São Paulo promete agitar o cenário político da capital nos próximos dias, com alianças sendo formadas e desfeitas em busca do apoio necessário para assumir a presidência da Casa. A população aguarda ansiosa para saber quem será o próximo líder do Legislativo municipal e como isso impactará nas decisões que serão tomadas nos próximos anos.

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