Logo após o encerramento da votação, as consultorias pró-chavismo e pró-oposição divulgaram diferentes resultados das pesquisas de boca de urna. A agência Hinterlaces, com tendências pró-governo, informou que, até o meio-dia, 61,5% dos eleitores haviam votado, e que Maduro liderava com 54,6% dos votos, contra 42,8% de González. No entanto, essa informação foi contestada pela Meganalisis, que apresentou um cenário completamente diferente: até as 11 horas da manhã, 41% dos eleitores haviam votado, com González liderando por mais de 50 pontos percentuais, 65,3% a 13,1%.
Ações de última hora nas redes sociais por parte de ambos os candidatos sinalizavam a importância de um alto comparecimento eleitoral. Maduro e González incentivaram os eleitores a votar até o último minuto. A taxa de participação, observada com preocupação pela oposição, ficou abaixo dos 60%, um número vital que contrasta com os 80% registrados em 2013.
Outra pesquisa, realizada pela Edison Research, apontou Edmundo González na liderança com 65% dos votos, enquanto Nicolás Maduro detinha 31%. Este levantamento foi feito com 6.846 eleitores em 100 seções eleitorais, aumentando a incerteza e a polarização que marcaram o dia de votação.
O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, uma figura próxima ao chavismo, criticou a validade dessas pesquisas de boca de urna, afirmando que elas servem apenas aos interesses daqueles que as pagam. Amoroso tentou, assim, neutralizar as controvérsias geradas pelas divergentes parciais.
Um dado interessante veio do Comando ConVzla, da oposição, que relatou uma participação de 54,8% até duas horas antes do fechamento das urnas, indicando que 11,7 milhões de venezuelanos já haviam exercido seu direito de voto. Este número ressalta o peso da abstenção na corrida eleitoral e a luta da oposição para motivar seus eleitores em um cenário dominado pelo chavismo há mais de duas décadas.
O desfecho dessa eleição é crucial para o futuro da Venezuela, um país em profunda crise econômica e social. A disputa entre Nicolás Maduro, que busca solidificar seu terceiro mandato, e Edmundo González, que representa a esperança de mudança para muitos venezuelanos, promete continuar acirrada até a última contagem de votos. A nação espera ansiosamente pelos resultados oficiais, que podem redefinir seu futuro político.