Disparos em Escola Indígena em Palmeira dos Índios Geram Indignação e Sem Feridos; Investigação em Andamento e Comunidade clama por Justiça.

Em um incidente alarmante, uma escola indígena situada dentro do território Xukuru-Kariri, em Palmeira dos Índios, foi alvo de disparos de arma de fogo na última segunda-feira (10). Vídeos que começaram a circular nas redes sociais evidenciam marcas dos tiros nas paredes e na porta da instituição, mas felizmente não houve registro de feridos.

A Escola Estadual Indígena Pajé Miguel está sob a ameaça de um contexto de violência que, segundo informações de representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal-AL), é alimentado por grupos que se opõem à homologação da demarcação das terras desse território. O sindicato descreveu os constantes ataques à comunidade como um “verdadeiro horror”, destacando que tal agressão a um espaço educacional reflete uma total falta de respeito pela cultura e pela história local.

Em nota oficial, o Sinteal-AL expressou seu repúdio à ação criminosa, enfatizando a importância da proteção das instituições educacionais e o compromisso com a vida e a justiça entre os povos indígenas. “Atacar uma escola com tiros amplia ainda mais a dimensão desse problema, rompendo com todo e qualquer respeito à comunidade. Não admitiremos que esse espaço seja invadido ou maculado por criminosos que não têm compromisso nenhum com a vida e com a humanidade”, relatou a entidade, que ainda aguarda que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados.

Tentativas de contato com a Polícia Civil para confirmar se já há uma investigação em andamento não obtiveram resposta até o momento. Da mesma forma, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) foi abordada para esclarecer se as aulas estão suspensas em virtude do incidente, mas também não se manifestou.

Esse episódio ressalta a crescente tensão e os desafios enfrentados pelas comunidades indígenas em relação à segurança e ao respeito por seus direitos. O povo Xukuru-Kariri, inserido nesse contexto, clama por reconhecimento e defesa de seu território, assim como pela proteção de suas instituições exigindo ação imediata das autoridades competentes.

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