De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP), o frango tem sido uma alternativa mais acessível, registrando um aumento de 43% no preço ao longo do ano. O preço do frango inteiro, que custava R$ 11,90 por quilo em janeiro, hoje ultrapassa os R$ 22,00 por quilo. Até mesmo o pé de frango, considerado o corte mais econômico, teve um aumento de 100%, passando de R$ 2,50 por quilo para R$ 15,00 por quilo. Apesar dos aumentos, o frango ainda é uma opção mais viável em comparação com as carnes bovina e suína.
O pesquisador Luiz Gustavo Susumu, da USP, destaca que os consumidores estão percebendo que, mesmo com os reajustes de preços, o frango continua sendo uma opção mais econômica em comparação com outras fontes de proteína animal. No entanto, a inflação continua corroendo os rendimentos e dificultando o acesso a alimentos de qualidade, o que tem levado muitas famílias a fazer escolhas alimentares mais limitadas e, por vezes, menos nutritivas.
Diante desse cenário de aumento de preços e restrição de renda, a alimentação saudável e balanceada tem se tornado um desafio para muitos brasileiros, especialmente os mais vulneráveis economicamente. A disparada dos preços das carnes está causando um impacto profundo na dieta e na qualidade de vida dessas pessoas, que precisam encontrar alternativas para garantir sua subsistência e nutrição adequada em meio a uma realidade cada vez mais desafiadora.