Durante sua análise, Bowman destacou o progresso que foi feito desde o início do processo de aperto monetário pelo BC americano. No entanto, ela ressaltou que o processo de desinflação está mais lento do que o esperado, apesar da economia continuar resiliente. Esse cenário é sustentado pela força do consumo e pelo mercado de trabalho que ainda se encontra apertado.
“A configuração atual da política monetária está restritiva e parece estar calibrada de forma apropriada para reduzir as pressões inflacionárias”, afirmou Bowman. Ela destacou que a inflação continuará em trajetória de queda, mas alertou para os diversos riscos geopolíticos e econômicos, como a situação fiscal dos EUA, as condições financeiras e a persistência do aperto no mercado de trabalho.
Apesar de manter uma postura rígida, a diretora admitiu a possibilidade de reduzir as taxas de juros para evitar um aperto excessivo na atividade econômica, caso os dados indiquem uma queda sustentada da inflação em direção à meta de 2%. No entanto, ela ressaltou que, em sua visão, o momento para essa ação ainda não chegou e que continuará a avaliar com cautela possíveis mudanças futuras na política monetária.
Diante desse cenário, Michelle Bowman reforçou a importância de uma abordagem prudente e cuidadosa, levando em consideração todos os fatores que possam influenciar a economia americana. Ainda assim, a diretora do Fed destacou sua disposição em agir de forma apropriada para garantir a estabilidade e o crescimento sustentável no país.