Diretor do Banco Central afirma: “Não há apego a preço de câmbio e intervenções são feitas por necessidade de volatilidade”



O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, participou de uma live organizada pelo Bradesco BBI nesta sexta-feira, 21, para discutir a postura da autoridade monetária em relação ao preço de câmbio. Durante o evento, David afirmou que o Banco Central não tem um apego a um preço específico de câmbio, mas que intervém quando necessário devido à volatilidade do mercado.

Segundo o diretor, a primeira linha de defesa para a política monetária é o câmbio flutuante. Ele ressaltou que as intervenções do Banco Central são realizadas quando há uma disfuncionalidade no mercado e que a escolha dos instrumentos utilizados depende da situação específica. David destacou a importância de entender que parte do movimento cambial é causado pelo dólar e outra parte pelo real.

Além disso, Nilton David mencionou a disparidade entre o mercado de derivativos de câmbio e o mercado spot. Enquanto o volume de operações em derivativos chega a US$ 40 bilhões, o mercado spot movimenta apenas US$ 2 bilhões. O diretor enfatizou a necessidade de utilizar as ferramentas disponíveis do Banco Central de forma criteriosa, após uma análise detalhada de cada caso.

Sobre a questão das reservas internacionais, o diretor rechaçou a ideia de um nível ideal. Segundo ele, não existe uma métrica específica que determine a quantidade ideal de reservas, pois o mercado de câmbio é flutuante. David ressaltou que as reservas são necessárias para lidar com eventuais disfuncionalidades e manter a estabilidade cambial.

Em resumo, Nilton David enfatizou a abordagem do Banco Central em relação ao câmbio, destacando a importância de atuar de forma pontual e assertiva diante de movimentos no mercado. A live promovida pelo Bradesco BBI proporcionou um aprofundamento sobre a atuação da autoridade monetária e suas estratégias para garantir a estabilidade financeira no país.

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