De acordo com informações do FSB, os serviços de segurança russos, o homem em questão é descrito como “um seguidor do satanismo” e teria encorajado a prática de relações homossexuais como parte de um culto ao diabo. Além disso, ele teria promovido a adesão a esse culto como forma de obter prosperidade financeira e progresso.
As acusações incluem “forçar atos sexuais” e “participar das atividades de uma organização extremista”, o que pode resultar em uma possível condenação de até seis anos de prisão para o diretor do centro médico.
A Rússia tem adotado uma postura cada vez mais conservadora, especialmente após o ataque à Ucrânia em fevereiro de 2022. Medidas têm sido implementadas para restringir a chamada “propaganda homossexual” e o Tribunal Supremo russo chegou a proibir o que considera como um “movimento LGBT internacional”, classificado como “extremista”.
Além disso, o Parlamento russo proibiu a adoção de crianças russas por cidadãos de países que permitem a transição de gênero e planeja proibir a promoção de um estilo de vida “sem crianças”. O presidente russo, Vladimir Putin, tem feito declarações acusando o Ocidente de promover valores “decadentes” e associando a tolerância em relação às pessoas LGBTQIAP+ ao “satanismo”.
Essas medidas e ações reforçam a postura conservadora do governo russo e levantam preocupações sobre os direitos e a segurança da comunidade LGBTQIAP+ no país. A prisão do diretor do centro médico é apenas mais um capítulo nesse contexto de repressão e perseguição.