Diretor da Aiea destaca importância da energia nuclear em debate histórico sobre transição energética global, com oportunidade de expansão.

O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Rafael Mariano Grossi, enfatizou a importância da energia nuclear como fonte limpa e fundamental para a transição energética global durante sua participação em uma audiência conjunta da Comissão de Minas e Energia e da Comissão Especial de Transição Energética da Câmara dos Deputados. Grossi ressaltou que vivemos um “momento histórico” nos debates sobre energia no mundo e destacou a necessidade de acelerar o desenvolvimento da energia nuclear em paralelo às energias renováveis.

Segundo o argentino, a energia nuclear já representa 30% das energias limpas produzidas globalmente e essa porcentagem tende a crescer com a adoção de novas tecnologias, como as pequenas usinas (SMRs). Ele também mencionou os avanços significativos na construção de novos reatores em países como China, Índia, Rússia, Turquia e Egito, além de destacar o potencial do Brasil nesse cenário.

Durante a audiência, o presidente da Eletronuclear, Raul Leite, ressaltou que as usinas de Angra dos Reis têm um grande potencial de geração de energia e que a conclusão de Angra 3 até 2030 é essencial para o país. Ele enfatizou que o Brasil possui um “pré-sal de urânio” e que a fonte nuclear tem viabilidade para substituir o petróleo e contribuir para a diversificação da matriz energética nacional.

A influenciadora digital de energia nuclear, Isabelle Boemeke, também presente na audiência, defendeu a energia nuclear como uma fonte limpa, capaz de produzir eletricidade sem gerar poluentes. Ela ressaltou que o resíduo nuclear é regulado, contido e pode ser reciclado, destacando os benefícios dessa fonte de energia nas áreas de saúde, alimentos e militares.

Diante desse contexto, tanto representantes do setor nuclear quanto parlamentares presentes na audiência defendem a expansão do uso da energia nuclear no Brasil como uma forma de impulsionar a economia do país e contribuir para a transição energética global. A expectativa é que a energia nuclear ganhe mais destaque e espaço na matriz energética brasileira nos próximos anos, até a realização da COP-30 sobre Mudança do Clima, prevista para o próximo ano.

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