Celso Cunha, presidente da ABDAN, enfatizou que, embora as fontes de energia renovável, como solar e eólica, sejam cruciais, elas não possuem a capacidade reativa necessária para garantir a segurança energética em larga escala. Nesse sentido, a energia nuclear surge como uma alternativa viável e indispensável. Os especialistas presentes destacaram os pequenos reatores nucleares modulares (SMRs) como uma solução promissora, especialmente para nações em desenvolvimento, permitindo acesso à energia de forma sustentável e com baixo impacto ambiental.
Hortensia Jimenez Rivera, diretora-executiva da Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN), ressaltou a relevância do financiamento para a implementação dos SMRs, identificando-os como uma tecnologia resiliente às mudanças climáticas e que oferece significativos benefícios comparados a outras fontes de baixa emissão. Por outro lado, Pedro Kassab, vice-presidente da Diamante Energia Brasil, alertou que o financiamento continua a ser um desafio complexo, apesar das recentes flexibilizações nas políticas dos grandes credores.
A participação de Mikhail Chudakov, diretor-adjunto da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), trouxe uma perspectiva global ao evento, destacando que a energia nuclear é fundamental para a substituição das fontes baseadas em carbono. Ele argumentou que, sem a inclusão da energia nuclear nas discussões sobre energia limpa, as metas de descarbonização das nações poderão ficar comprometidas.
Cunha também mencionou a necessidade de alavancar o papel do BRICS na promoção da energia nuclear, considerando a influência econômica do grupo no cenário global. Ele reiterou que a energia nuclear não é apenas crucial para a produção de eletricidade, mas também tem aplicações significativas na saúde, como no tratamento de câncer, reforçando sua relevância multifacetada.
A discussão sobre a energia nuclear se tornou uma prioridade nas agendas internacionais, e o NT2E serviu como um espaço vital para explorar esses temas críticos, ampliando a compreensão sobre como tecnologias nucleares podem moldar um futuro energético mais equilibrado e sustentável.