O G20 Social será realizado no Rio de Janeiro de 14 a 16 de novembro e foi instituído pelo governo brasileiro, que assumiu a presidência do G20. A iniciativa visa integrar a sociedade civil às discussões do grupo, que é composto pelas 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, mais recentemente, a União Africana.
Parte da programação do G20 Social será conduzida por diferentes organizações, como o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), responsável pela organização de duas atividades. Uma delas abordará a Transição Energética Justa e a outra a Crise Climática e os Desafios das Populações Atingidas.
Ao final do evento, um documento síntese será apresentado e entregue aos governos de todas as nações na Cúpula dos Líderes do G20, que encerrará a presidência brasileira. Segundo Sônia Mara Maranho, do MAB, as atividades do movimento também servirão como preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas e um encontro internacional dos atingidos marcado para acontecer em novembro de 2025.
Durante a entrevista à Agência Brasil, Sônia ressaltou a importância das lutas populares e manifestou preocupação com violações de direitos envolvendo frentes de exploração mineral, citando o exemplo do lítio. Ela também destacou a relevância de levar as pautas das populações atingidas para o G20, como forma de dar visibilidade e promover a participação social na busca por soluções para os desafios climáticos.
A participação das vítimas de desastres ambientais, como os ocorridos em Mariana e Brumadinho, também é um ponto de destaque nas discussões do G20 Social. A segurança dos atingidos e a responsabilização das empresas envolvidas nestes incidentes são temas cruciais que precisam ser abordados em nível internacional.
Neste contexto, a construção de um movimento global dos atingidos ganha relevância, visando fortalecer a voz dessas comunidades e buscar justiça diante das violações de direitos e crimes ambientais cometidos pelas empresas multinacionais. A implementação de políticas e regulamentações mais rigorosas é essencial para garantir a proteção dos atingidos e promover uma transição energética justa e sustentável em escala mundial.