O ouvidor das polícias paulistas, Cláudio Aparecido da Silva, e o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, também manifestaram críticas em relação à conduta da Polícia Militar. Dois casos específicos chamaram a atenção das entidades: um rapaz foi jogado de uma ponte por um policial militar na Cidade Adhemar e outro jovem de 26 anos foi morto a tiros após furtar produtos de limpeza em um supermercado no Jardim Prudência, ambos na zona sul da capital.
A Comissão Arns expressou profunda indignação diante dos atos violentos e instou as autoridades competentes a punir os responsáveis e suspender essa política que tem resultado em um crescente número de vítimas da letalidade policial no Estado. Além disso, a entidade destacou outros casos de abuso, ressaltando a necessidade de ações imediatas por parte das autoridades.
O pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência (NEV), da Universidade de São Paulo, Renato Alves, alertou para a gravidade da situação, descrevendo a ação policial como recrudescida e preocupante. Ele mencionou a morte de crianças e pessoas sem envolvimento com o crime, enfatizando a necessidade de medidas que protejam a população e os próprios policiais.
Diante desse cenário, o Instituto Vladimir Herzog ressaltou a importância do uso de câmeras ininterruptas para denunciar abusos e garantir a responsabilização dos agentes envolvidos em casos de violência policial. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania também se pronunciou, solicitando uma investigação rigorosa e o afastamento dos responsáveis.
A discussão sobre a utilização de câmeras acopladas aos uniformes dos policiais tem sido recorrente, com defensores argumentando que esses equipamentos são essenciais para comprovar arbitrariedades e abusos de poder. O governador e o secretário de Segurança Pública repudiaram publicamente as ações e a SSP afirmou que investigará o caso e já afastou treze agentes envolvidos.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania informou que irá acionar a Secretaria de Segurança Pública para acompanhar o caso e garantir a responsabilização dos envolvidos. A sociedade civil e as autoridades devem unir esforços para combater a violência policial e restabelecer a confiança nas instituições responsáveis pela segurança pública.