A violência do crime foi tão intensa que a própria autora acabou sofrendo queimaduras durante a fuga, o que levou as autoridades policiais a associarem sua presença no local do crime. Testemunhas que presenciaram os fatos corroboraram a versão apresentada pela polícia, que rapidamente identificou a suspeita e a deteve para investigação.
A aldeia Bororó está localizada em uma área reivindicada por povos indígenas, o que ressalta a tensão histórica existente em relação à posse das terras. No entanto, até o momento não há indícios de que o crime esteja relacionado com essas disputas territoriais. Os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico Legal de Dourados para os procedimentos necessários.
O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) emitiu uma nota repudiando a violência contra os povos indígenas e destacando sua preocupação com o caso dos indígenas carbonizados em Dourados. Uma equipe da pasta foi enviada ao local para auxiliar nas investigações, que também contam com a colaboração do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Polícia Federal do Mato Grosso do Sul. A busca por justiça e esclarecimento dos fatos é prioridade diante da gravidade deste trágico episódio.