As forças policiais, composta pela polícia Civil e Militar do Mato Grosso do Sul, iniciaram as investigações logo pela manhã, com peritos criminais examinando minuciosamente o local do acontecimento. Segundo informações da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), pelo menos três testemunhas já foram ouvidas e outras diligências estão em andamento, em busca de esclarecer as circunstâncias desse trágico incidente.
Até o momento, não há evidências da participação de não indígenas no incêndio, levantando a hipótese de um possível ato criminoso com a colaboração de pelo menos dois indivíduos, ainda não identificados. A aldeia em questão situa-se em uma área conhecida como Avaeté, uma região de retomada indígena, marcada por conflitos históricos envolvendo a posse da terra e disputas com proprietários rurais.
Os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Dourados, distante aproximadamente 230 quilômetros de Campo Grande. A deputada federal Célia Xabriabá (PSOL-MG) expressou sua preocupação com o caso, destacando a violência recorrente contra os povos indígenas na região, a qual inclui ataques de latifundiários, uso de produtos químicos, destruição de propriedades e criminalização de lideranças.
Diante desse triste episódio, as autoridades permanecem empenhadas em esclarecer os fatos e garantir justiça para as vítimas e suas famílias, em um contexto marcado por tensões e conflitos territoriais que representam um desafio constante para a comunidade indígena da região de Dourados, no Mato Grosso do Sul.