O suspeito detido, apontado como o mentor intelectual do crime, é conhecido como Nero do Piseiro e já tinha antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo. Ele foi reconhecido por testemunhas que presenciaram os criminosos chegando ao local em veículos motorizados. As autoridades registraram o caso na Delegacia Seccional de Taubaté como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.
A Polícia segue investigando o caso, sob a responsabilidade da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Tremembé, e a hipótese inicial é de que os crimes tenham sido motivados por uma disputa por terras na região do assentamento. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra destacou que o Assentamento Olga Benário tem despertado interesse imobiliário devido à sua localização estratégica, o que tem gerado ameaças e coerções constantes às famílias que ali residem.
Mesmo após diversas denúncias às autoridades estaduais e federais, o MST aponta a falta de uma resposta efetiva para garantir a segurança e permanência das famílias no território. O ataque ao assentamento foi realizado por um grupo de 10 homens, que chegaram ao local em cinco carros e duas motos. O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal inicie uma investigação sobre o caso e uma equipe especializada já foi deslocada para Tremembé.