O encontro foi significativo por marcar a primeira reunião presencial do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado. Essa nova estrutura tem a missão de coordenar esforços entre as forças de segurança estaduais e federais, com foco no enfrentamento de facções criminosas que atuam em várias regiões do país. A reunião acontece em um contexto delicado, logo após a Operação Contenção, que resultou em um número trágico de 121 mortes, incluindo 117 civis e quatro policiais, e levou a 113 prisões em ações contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da capital.
Para garantir a continuidade das ações e a transparência nos procedimentos, as reuniões do escritório ocorrerão de maneira virtual duas vezes por semana. Victor dos Santos, durante a reunião, manifestou otimismo no trabalho em conjunto, afirmando que o grupo técnico criado visa agilizar e tornar mais eficientes as ações planejadas. Segundo ele, o encontro foi produtivo e diversas outras reuniões já estão agendadas para os próximos dias.
Mário Sarrubbo enfatizou a necessidade de uma resposta integrada entre os estados, destacando que a entrada de armas no Rio de Janeiro é um problema que se origina de vários pontos do país e até do exterior. Ele propôs um diálogo nacional para coordenar esforços no combate à criminalidade, acreditando que isso resultará em ações eficazes para desarticular essas redes criminosas.
Além de discutir a questão armamentista, os secretários abordaram também mecanismos de financiamento para operações integradas futuras e o avanço do Plano de Retomada de Território, que visa restaurar a presença do Estado em áreas dominadas por facções criminosas, em conformidade com determinações do Supremo Tribunal Federal. Essa parceria estreita entre o governo estadual e federal é percebida como vital para desmantelar a funcionalidade das organizações criminosas e proteger a população.









