A situação foi tão grave que a filha de Lorhane teve que depor diante de uma juíza para relatar os episódios de racismo vivenciados na escola. O relato da criança foi tão impactante que a juíza decidiu pela prisão preventiva da acusada, alegando que ela representava um risco à ordem pública. A professora permanece internada no Hospital Municipal Souza Aguiar e deve se apresentar à Justiça assim que receber alta.
Os relatos das alunas incluem agressões verbais, como ofensas racistas e comportamentos agressivos por parte da professora. Além disso, a mãe de uma das vítimas, Gabrielly da Conceição Bazilio, também denunciou a docente por injúria racial. A situação gerou revolta e indignação, levando a Polícia Militar a ser acionada para tomar medidas contra a agressora.
A Secretaria Municipal de Educação se pronunciou sobre o caso, afirmando que afastou a professora de suas funções e instaurou uma sindicância para apurar o ocorrido. A pasta ressaltou que não tolera qualquer forma de discriminação contra alunos e que a professora pode vir a ser demitida do serviço público após a conclusão das investigações.
A questão do racismo nas escolas é um tema sensível e que deve ser discutido e combatido de forma eficaz. A educadora Laura Tolentino, especialista em antirracismo, destacou a gravidade do ocorrido e ressaltou a importância de responsabilizar individualmente os autores de agressões racistas. A situação, além de impactar emocionalmente as vítimas, reflete um problema coletivo e histórico na sociedade.
É fundamental que casos como esse sirvam de alerta e incentive a reflexão sobre a importância da inclusão e do respeito à diversidade nas escolas. O combate ao racismo deve ser uma agenda prioritária, visando garantir um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes, independentemente de sua origem étnico-racial. A educação tem um papel fundamental na formação de cidadãos conscientes e empáticos, capazes de construir uma sociedade mais justa e igualitária.